quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ARTIGO: Equinácea
Equinácea (Echinacea angustifolia)
Echinacea angustifolia / E. purpurea / E. pallida

A Equinácea é uma planta originária da América do Norte, sendo utilizada a séculos pelos indígenas como cicatrizante de ferimentos e para neutralizar o veneno de cobras. Com a chegada dos colonizadores europeus, estes também passaram a se valer das virtudes desta planta, e rapidamente a incluíram em seu arsenal terapêutico. Os resultados eram tão impressionantes, que rapidamente estava sendo difundida pela Europa como um excelente medicamento para qualquer tipo de doenças infecciosas.

O gênero Echinacea possui 9 espécies, sendo que apenas 3 (Echinacea angustifolia, E. purpurea e E. pallida ) são utilizadas como plantas medicinais. Normalmente possuem porte baixo, chegando a 60 cm de comprimento, muito parecidas a uma touceira de margarida. Apresentam flores de extrema beleza, com pétalas de coloração púrpura voltadas para baixo, e muito visitada por insetos polinizadores, principalmente pelas abelhas que vão atrás de seu rico néctar e pela abundância de pólen. Como droga pode-se utilizar praticamente a planta toda, desde as raízes até as partes aéreas.

Com o surgimento dos antibióticos esta planta foi deixada de lado, quase que caiu no esquecimento. Mas agora com o retorno das terapias menos invasivas e mais naturais, a Equinácea voltou a ocupar um lugar de destaque na fitoterapia. Atualmente é uma das plantas mais produzidas e comercializadas no mundo todo. No Brasil sua entrada é relativamente recente. O preço muito caro a impedia de se tornar mais popular, mas com cultivos comerciais realizados por pessoas responsáveis aqui no Brasil, tem conseguido abaixar o preço de maneira significativa, podendo um número maior de pessoas se beneficiarem de suas qualidades terapêuticas.

Mas quais são as virtudes terapêuticas desta planta?

Na verdade ela age como um antibiótico natural e um grande imunoestimulante, ajudando a combater bactérias, fungos, vírus e outros tipos de agentes causadores de doenças. A Equinácea estimula de várias formas o sistema imunológico do organismo, que é fundamental para combater as doenças infecciosas. Além disso aumenta a produção de uma substância denominada de interferon, que é um agente anti-viral. Porém, como estes efeitos são por um período muito curto, recomenda-se utilizar a Equinácea várias vezes ao dia. Além disso não se recomenda o uso por mais de 2 meses seguidos, pois o organismo não responderá mais com a mesma intensidade. Nestes casos recomenda-se ficar 1 ou 2 semanas sem seu consumo ou então substituir por outra planta, com as mesmas qualidades, como o Cogumelo-do-Sol, Ganoderma, Ipê-Roxo ou qualquer planta com ação imunoestimulante.

Normalmente utiliza-se a Equinácea para resfriados, gripes, problemas infecciosos recidivantes, como infecções vaginais por fungos, infecções das vias urinárias, amidalite, bronquite, sinusite, herpes genital, herpes oral e até mesmo o herpes-zóster. Existe alguns estudos mostrando que a Equinácea poderia ser utilizada para combater a Síndrome do Cansaço Crônico, auxiliar no tratamento da AIDS, e em alguns tipos de câncer, principalmente nos casos onde o sistema imunológico fica abalado devido ao tratamento com a radioterapia ou quimioterapia. No comércio encontra-se a planta em forma de cápsula, tintura, extrato fluído, extrato seco e até mesmo em xarope. Com tanta riqueza não dá para deixar de lado uma planta como esta, não importando sua origem, pois as fronteiras políticas quem inventou não foi o Criador e sim os homens.


Ademar Menezes Junior
fonte:http://www.oficinadeervas.com.br

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