sábado, 31 de maio de 2008

Minhas despedidas....

Quando vc se despede de alguém ou algo, fica uma impressão de ausência. A falta que aquela pessoa ou objeto nos causa parece que jamais cessará. Isso eu senti...e assim que percebo certas perdas.

Ontem recebi a noticia da morte de minha querida tia Ivaneide, fiz uma retrospectiva de minha infância e juventude e ela sempre esteve presente de alguma forma.
Pessoas boa, de fala mansa, jeito simples e um coração que não cabia dentro de qualquer peito comum...
Ela sempre foi a medida equilibrada das confusões familiares...conselheira, apaziguadora. Acho que essas pessoas cumpriram seus papeis, minha tia e minha mãe que perdi contato físico recentemente.
Mas, também comecei a perceber que quando vc atinge uma certa idade....vc vai entrando em contato com certas coisas que alguém por algum motivo minimizou...eu nunca fui emnum velório e enterro de pessoas conhecidas ou da família. Duas vezes fui em enterros de bebês...e fiquei de longe. Meu medo de encarar a morte, de sentir a perda, sempre foi uma coisa muito forte.
Não enterrrei meu pai, em 1996. Não enterrei minha mãe, 9 março de 2008. Não enterrei minha tia 28 de maio de 2008.
Meu amigo Nery, meus tios, meu avô, foram mortes que não senti, quer dizer não me marcaram profundamente.
Percebo que sentir ausência da presença de outro é uma sensação que cava fundo um buraco em nosso pensamento, em nossa emoção. Um dia eu pensei que seria muito difícil sentir a morte de minha mãe...e quando ela morreu fiquei com pena de mim...ela foi muito normal, fez tudo que devia ter feito....e quando morreu eu que não tinha feito nada de especial por ela, senti que era eu que morria por ela. Eu sentia falta de ser melhor filha, melhora amiga, melhor em relacionamento. Mas tarde demais como todo mundo que acha que as pessoas que amamos vao durar pra sempre nesta vida. Durarão sim mas não nessa espécie de vida que conhecemos.
Uma outra coisa que me emociona são as despedidas das cidades onde passei. Manaus e minhas lembranças de infância e puberdade. São Paulo onde o pouco tempo que passei fez tanta diferença em meu ser. Florianopolis e meus anos de amadurecimento e formação proffisional. Goiás-Anápolis e as coisas que participei, influenciei, fiz, e deixei de fazer. todas essas cidades que formaram um pouco da minha historia de vida.
todas as pessoa que encontrei que me marcaram e fizeram algo comigo. Hoje posso contar coisas, lembrar feitos e fatos, que foram vivenciados em tempos diversos e diversas emoções e pensamentos. Fazem parte do que fui e do que sou e serei.
todas as partidas e todas as partes são nada mais nada menos que eu...
e novo ciclo vai iniciar....

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