Minha historia tipo Josef klimber....
Aconteceu comigo mesmo e só me dei conta porque alguém fez um comentário tipo, "nossa vc ta numa maré de vento mesmo". Bem essa maré vem acontecendo desde Janeiro de 2008, ou até antes em 2007. Mas vou usar essa de 2008. Em janeiro já havia pedido minhas contas da prefeitura de Anapolis onde estava trabalhando na rede de ensino, estava decidida a sair da cidade, pois terminaria em julho o tempo de serviço de meu marido. Assim eu já ia meio que cortando os laços que me prendiam a cidade.
Mas nessa época ainda pensei se meu salário ainda fosse melhor talvez eu até ficasse, mas tudo conspirava contra minha incipiente vontade de me tornar uma Goiana por apadrinhamento. Em Fevereiro fiz um primeira limpeza nos armários e dei algumas coisas, meio que doar minhas coisas retirava o peso de meus ombros para eu sair de lá mais leve. Quando cheguei em Anápolis sofri muito, toda mudança faz sofrer, mas o tempo que se sofre, quem decide somos nós. Sofri porque havia saindo de Florianópolis onde morei por 12 anos, e tinha muitos atrativos naturais e não naturais. E apesar do frio me incomodar, Florianópolis era uma cidade turistica, uma capital e Anápolis, era na época era um cidade que todos chamavam de cidade de parada do mijo. Quem vinha de Brasilia parava em Anápolis para descansar e dar uma mijadinha, quem ia de Goiânia fazia o mesmo - isso não sou eu quem afirma, é o povo de lá mesmo. Assim, pouco tinha se desenvolvido, porque entre duas capitais pouco era atrativa para grandes investimentos. Não tinha quase nada na cidade, um minishoping, algumas praças bem desleixadas, alguns prédios e muitas casa com altos muros. Isso hoje está super diferente. Bem, eu tinha feito faculdade e achava que ia trabalhar logo de início, ledo engano, nada de trabalho. Não tinha conhecidos e como não era de beber e nem de rodas, ficava de fora da maior atratividade do lugar, ir a barzinhos beber por qualquer motivo. O time ganhou, bebia-se, o time perdeu também bebia-se, tinha dinheiro- ou sem dinheiro bebia-se. Fiquei no primeiro momento meio que perdida. Meus filhos foram se acostumando e arrumando amigos. Eu comecei a me enfiar nas coisas, ia a palestras na Ueg recém transformada em faculdade. Tentei fazer outra graduação, tentei fazer mestrado, tentei ser de algum grupo de voluntários, mas o povo era muito arredio a estranhos. Lembro de uma vez num posto de saúde perto de onde eu morava, fui a uma palestra para adolescentes grávidas e me ofereci para ser voluntária nesse grupo. A coordenadora falou meio que me aconselhando que era assim que as pessoas pensavam em entrar na política, começavam como voluntárias e depois queriam ser vereadores e quem sabe um contrato especial. Não entendi naquele momento mas depois caiu a ficha. Fui fazendo algumas coisas até que encontrei um grupo que admitia voluntários e que trabalhava com pessoas portadoras do HIv, assim acabei organizando uma atividade com recicláveis para fazer oficinas na ONG, no início foi tudo legal depois que fiquei sabendo de umas coisas calorosas sobre o "diretor" da entidade, fui ficando intranquila, e com muita razão, com certeza isso me rendeu um grande aprendizado, mas que hoje não vale a pena nem relatar. Depois entrei num projeto de alfabetização da prefeitura e fiquei como alfabetizadora no programa Acelera Brasil, era um contrato por tempo determinado e nós aceleradoras ficávamos com os alunos rejeitados das outras turmas e que apresentavam defasagem idade série. O "nosso objetivo" era fazer com eles fossem acelerados no aprendizado e que alcançassem a série ideal a sua idade. Bem não era o que eu pensava de educação, mas eu queria fazer algo. Depois dessa eu já estava fazendo uma pós graduação na Ueg e me preparando para o concurso municipal. Daí em diante comecei a fazer várias coisas, estudava em casa cursos a distância com plantas medicinais e outras terapias alternativas. Depois fiquei sabendo de curso em Brasília sobre Homeopatia. Fui lá e fiz dois anos. Montei uma sala de estética no centro da cidade e trabalhava lá todos dias até que saiu o resultado do concurso e eu tinha sido aprovada. Não dava para trabalhar o dia todo na clínica de estética e fique com um período,no matutino ficava na escola e o outro ficava na clínica. Depois que as contas da clínica estavam mais caras do que eu tirava nos atendimentos, resolvi fechar e ficar em período integral na escola. Assim, foi uma etapa de minha história profissional em Anápolis - Goiás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário